S. Gonçalo de Lagos
Em 1986, ao abrigo do disposto no artigo 2º do Decreto-Lei n.º 93/86, de 10 de Maio e da Portaria n.º 2 de Abril, foi escolhido para patrono da escola sede do nosso agrupamento, S. Gonçalo, visto ser o padroeiro de Torres Vedras, que há muito estava esquecido pelos Torreenses, conseguindo-se assim reviver a sua memória.
NOTA HISTÓRICA
Com 20 ou 21 anos, resolveu entrar para o convento. Fez-se frade e ordenou-se sacerdote mais tarde. Escreveu livros, fez iluminuras e composições musicais.
Em 1394 passou a ser prior do convento,na Lourinhã.
Entre 1412 e 1422 foi prior do convento da Graça em Torres Vedras. Era tão humilde que, apesar de prior, fazia de porteiro, de cozinheiro e sempre de enfermeiro. Ao final da tarde, à porta do Convento, esperava os trabalhadores para lhes ensinar a Doutrina e lhes dar conselhos. Às crianças ensinava, dando-lhes pão, fruta e textos de Santos que ele próprio copiava.
A sua acção foi de tal modo importante, junto da população Torreense da época, que em 26 de Setembro de 1495, D. João II, inteirado dos seus milagres que se multiplicavam escreveu à Câmara uma carta elogiando São Gonçalo de Lagos e felicitando o povo torreense. Em consequência desta carta a Câmara de Torres Vedras
proclamou, a 13 de Outubro do mesmo ano, São Gonçalo de Lagos “Defensor e padroeiro da vila e seu tremo”.
São Gonçalo morreu em Outubro de 1422. A ele se atribuem milagres (foi reconhecido santo só em 1778, pelo Papa Pio VII).